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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Santa Sé e as Nações Unidas

Home > Igreja > 05/12/2011 19.43.34
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A Santa Sé passa a ser membro da Organização Internacional para as Migrações


Cidade do Vaticano (RV) – A partir desta segunda-feira, a Santa Sé passa a fazer parte da Organização Internacional para as Migrações como Estado membro. O pedido por parte do Vaticano foi acolhido pela Organização, que tem sede em Genebra, durante sessão plenária. Sobre a importância deste evento, a Rádio Vaticano entrevistou o Observador Permanente da Santa Sé junto ao escritório das Nações Unidas em Genebra, Arcebispo Silvano Maria Tomasi.

O prelado ressaltou que “neste momento, enquanto vemos no mundo um contínuo aumento no número de migrantes, de refugiados, de pessoas em movimento por diversas razões, é importante participar dos esforços da comunidade internacional para contribuir com algo de específico, típico da Santa Sé: uma voz ética que dê uma interpretação dessas novas situações”.

Questionado sobre o porquê da escolha de passar de Observador a Estado membro, o Arcebispo justificou que esta é uma maneira prática para se ter mais voz onde, segundo ele, não é tanto a política que prevalece, mas a necessidade de ir ao encontro das exigências humanas dessas pessoas. A nível de Igreja, conforme explicou, “existe uma vasta rede de organizações católicas e a Igreja já está, de qualquer forma, em primeiro plano envolvida nos serviços aos migrantes”. Portanto, “esse tipo de colaboração com as estruturas existentes da comunidade internacional é um passo lógico e operativo que faz o serviço ser mais eficaz”.

O tema das migrações e sobretudo os desafios e os sofrimentos dos povos migrantes estão muito presentes no magistério de Bento XVI, e, portanto, esse novo passo da Santa Sé vai na esteira dos acontecimentos. “Trata-se de seguir o caminho indicado pelo Santo Padre – disse Dom Tomasi – e também pela experiência secular da Igreja nesse campo, para que as organizações católicas sirvam com real generosidade a todas as pessoas, independentemente das escolhas religiosas, da cor da pele, ou da situação legal. É a pessoa humana, a dignidade da pessoa humana que conta e que com frequência é posta em risco nas situações de marginalidade que se criam na movimentação de um país a outro para essas pessoas que buscam trabalho e novas formas de sobrevivência”. (ED)

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